Através da iniciativa "Momentos Vodafone", entre 28 de Maio de 12 de Junho, serão distribuídas mais de 10 mil cuvetes de cerejas do Fundão em cidades como Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Faro e Setúbal.
A Cereja da Cova da Beira é uma das espécies fruteiras de maior peso na economia agrícola regional.
É o ex-libris da Cova da Beira, sendo-lhe já atribuída a designação de "ouro vemelho".
A plantação de cerejeiras começou nos finais do séc. XIX, mas o seu desenvolvimento económico deu-se apenas a partir de 1950.
Trata-se de um fruto proveniente de diversas variedades de cerejeira tradicionalmente cultivadas entre as Serras da Gardunha, Estrela e Malcata. É representada, essencialmente, pelas cerejeiras das variedades regionais "Saco da Cova da Beira", "Roxa", "Napoleão Pé Comprido", "Espanhola" e "B. Burlat", "Bing", "Van" e "Hedelfingen".
A sua produção corresponde a uma área geográfica de aproximadamente 1374 km2, na qual se incluem os concelhos do Fundão, Covilhã e Belmonte. Aqui os solos têm características específicas e as condições proporcionadas pela altitude, pela exposição solar e pelo clima são ímpares.
De uma maneira geral, esta cereja possui uma consistência firme, é carnuda e doce. A sua coloração vai do vermelho vivo ao vermelho púrpura podendo, algumas espécies, variar do vermelho ao alaranjado.
Das diversas variedades existentes destaque para as autóctones:
De Saco: A designação tem origem na sua resistência ao transporte. É a mais representativa na região e mais conhecida pelos operadores. É igualmente a mais homogénea, em termos de produção, a que tem maior valor comercial e a que tem maior peso no rendimento económico. Esta cereja tem de cor vermelho-vivo a vermelho-púrpura, com algumas manchas irregulares na epiderme. A forma é cordiforme, de pedúnculo comprido de cor verde-alface, possui calibre grado, pesando, em média, cada fruto, 6g a 7g. O seu sabor é muito doce e a sua consistência firme e carnuda. Sendo uma variedade tardia, não está sujeita ao fendilhamento, e por isso é menos susceptível de perda de valor comercial.
Morangão: É uma variedade bem adaptada às cotas mais elevadas, onde apresenta boa coloração e calibre. Tem cor vermelho-vivo na face exposta ao sol e alaranjada na face oposta, com pequenas pontuações escuras e brilho intenso. A sua forma é arredondada, possuindo uma cavidade pronunciada na zona de inserção do pedúnculo, o qual é médio, grosso e de cor verde-alface. A sua polpa branca possui consistência firme. Cada fruto pesa, em média, 7g a 10g, possuindo, um calibre médio a grado.
Napoleão Pé Comprido: É uma das variedades mais antigas na Cova da Beira e a que projectou a expansão desta cultura na zona.
Devido ao seu baixo calibre e polpa pouco consistente apresenta hoje menor expressão, tendo tendência a desaparecer.
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